O Palácio do Planalto passou recibo ao divulgar uma nota sem pé nem cabeça sobre as investigações da Polícia Federal, envolvendo o presidente Michel Temer. Com o avanço dos trabalhos envolvendo o decreto dos Portos e a empresa Rodrimar, o governo resolveu desclassificar as investigações, dizendo que o trabalho entrou na área da ficção policial. A gota d’água da reação palaciana é a identificação pela PF da possível relação entre João Baptista Lima Filho – amigo de Temer – e a Rodrimar. As ações da PF estão longe do mundo da fantasia. Vale lembrar que o ministro do STF Luís Roberto Barroso autorizou a prorrogação do inquérito e negou pedido da defesa para arquivar o assunto. Para completar, a Polícia Federal pediu a quebra do sigilo telefônico de Temer e dos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Minas e Energia) em outro caso, o da Odebrecht.
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CAINDO NA REAL
Enquanto o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, apresentava o Plano Safra, a preocupação dos assessores era que ele fosse questionado a respeito do preço mínimo do frete. Pressionado pelo agronegócio, Maggi – que é produtor de soja – afirmou que os valores serão revisados.
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A VAGA DE JOÃO RODRIGUES
Após quatro meses vazia, a cadeira do deputado catarinense João Rodrigues (PSD) – que está preso na Papuda – será ocupada por Edinho Bez (MDB). O emedebista já foi avisado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e deve assumir o cargo amanhã ou na segunda-feira. Questionado sobre o processo de cassação de Rodrigues no Conselho de Ética, Edinho apenas comentou que as votações são democráticas e imprevisíveis. Ele também avisou que trocará toda a equipe do gabinete.
PLANO SAFRA
Com previsão de lançamento para a próxima semana, o Plano Safra da Agricultura Familiar pode beneficiar até 150 mil famílias catarinenses. A estimativa é do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina, José Zeferino Pedrozo. O Plano Safra da Agricultura Empresarial foi anunciado ontem em uma cerimônia sem grandes emoções, com pouca participação do setor.
FRASE
“Caminha na contramão da proteção da garantia do anonimato do voto e significa verdadeiro retrocesso.” Da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, contra a adoção do voto impresso nas próximas eleições.