O Supremo Tribunal Federal jogou água fria na fervura política em Brasília ao deixar o julgamento do ex-presidente Lula para depois do recesso de julho. Nenhum ministro da Suprema Corte vai admitir que exista interferência de fora da Praça dos Três Poderes, mas o vazamento das conversas entre o então juiz Sergio Moro e os procuradores da Lava-Jato funciona, sim, como um componente novo neste caso. À jornalista Silvana Pires, o ministro Gilmar Mendes confirmou que o habeas corpus não seria julgado nesta terça-feira (25) porque o voto dele é longo, o assunto estava em 12º lugar na pauta e o recesso já bate às portas do judiciário.
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A defesa pediu inversão de pauta, mas não levou. Por decisão da ministra Cármen Lúcia, o julgamento ficará para agosto. Para completar o clima do "deixa disso", o ministro Moro (Justiça) viajou para os Estados Unidos, cancelando a participação em comissão Câmara, uma arena bem mais hostil que o Senado. As atenções, portanto, se voltam para a reforma da Previdência e para a trivial dúvida desta época do ano: se haverá ou não quórum no Congresso nesta semana de São João.
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O presidente Bolsonaro deflagrou a disputa a presidência nas próximas eleições. Questionado se o governador de São Paulo, João Doria, ficaria chateado com a possível transferência da Fórmula 1 para o Rio de Janeiro, respondeu:
– O que a imprensa diz é que ele será candidato a presidente em 2022, então ele tem que pensar no Brasil!
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