A equipe do presidente eleito Jair Bolsonaro precisa afinar o discurso sobre a reforma da Previdência com urgência. Além de ter reflexos sobre o humor do mercado e análise de investidores, esse é um assunto que mexe com a vida, com os planos dos trabalhadores. Na mais recente manifestação sobre o assunto, Bolsonaro afirmou que o Congresso tem que votar o assunto nos seis primeiros meses de governo e que começará pela idade mínima. Ele está certo ao determinar esse período, considerado o tempo de lua de mel com o eleitor. Mas, no início da semana, o ministro Onyx Lorenzoni (Civil) já havia dito que não há pressa. Enquanto isso, a equipe do futuro ministro Paulo Guedes (Economia) analisa três modelos, inclusive a mudança para o modelo de capitalização.  

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Muda tudo

Com o novo governo, o programa Mais Médicos vai sofrer uma reformulação total. Até o nome será substituído. O futuro ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, já defendeu a criação de um plano de carreira para estimular os médicos a ficarem nas regiões mais distantes. Mas o problema é orçamento.  

Mais Médicos 

Dos 258 profissionais que se inscreveram para o Mais Médicos em Santa Catarina, 183 ainda não se apresentaram aos municípios. Eles têm até o dia 14 para fazer isso. Outros sete médicos confirmaram a desistência do programa, 17 já estão trabalhando e outros 51 se apresentaram e devem começar os atendimentos nos próximos dias. 

Desistentes 

A expectativa do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde (Cosems-SC) é de que o número final de desistências seja bem maior do que as sete informadas. Isso porque há relatos de secretários que receberam ligações de médicos avisando que não irão assumir os postos, mas ainda não formalizaram a desistência.

Dobradinha

Afinado com Renan Calheiros (MDB-AL), o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), enterrou a proposta do senador Lasier Martins (PSD) sobre voto aberto para a escolha do presidente da Casa. Eunício jogou com o regimento e não colocou em votação o pedido de urgência para a apreciação da matéria.  

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Cotovelos

É tensa a relação entre dois nomes de peso do futuro governo Bolsonaro: o general Hamilton Mourão (Vice-presidente) e o ministro Onyx Lorenzoni. Questionado sobre o caso de caixa 2, em fase inicial no STF, Mourão afirmou que se for comprovada ilicitude, Onyx terá que se retirar do governo. Já o ministro Sérgio Moro (Justiça) preferiu dizer que confia no colega.