Em seis meses de governo, Jair Bolsonaro criou e desidratou dois superministros. Sergio Moro (Justiça) e Paulo Guedes (Economia) já estão menores do que quando chegaram na Esplanada: foram desautorizados pelo presidente da República e tiveram o cheque em branco rasgado, principalmente por questões ideológicas.

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Antes da confusão do vazamento das conversas com procuradores da Lava-Jato, Moro teve que voltar atrás em uma indicação para o Conselho Nacional de Política Criminal. No último final de semana, Bolsonaro fritou Joaquim Levy, então presidente do BNDES. Fiador do governo junto ao mercado, Guedes disse que compreendia a ação, mas foi chamado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, de covarde. Levy não fez o carnaval que se esperava com a chamada caixa-preta do banco.

São contratos para lá de questionáveis realizados pelos governos do PT dentro da política das grandes empresas campeãs e de obras em países amigos. O escândalo da Odebrecht  está aí para mostrar o tamanho do rolo. Para o lugar de Levy, a aposta é em uma solução caseira. O escolhido é o economista Gustavo Montezano, que já atuava no Ministério da Economia. Bolsonaro foi eleito e pode demitir quem bem entender.

O problema está na forma e no clima de instabilidade que gera. Mas é a maneira que o presidente arranjou de mostrar que quem manda é ele. Para o bem ou para o mal.

Pânico

Advogados da Lava-Jato estão abandonando tradicionais aplicativos de mensagens. O caso do vazamento das conversas entre Moro e Deltan está mudando velhos hábitos.

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No mapa

Dos 282 deputados da bancada ruralista, 208 devem votar a favor da reforma da Previdência. A estimativa é do presidente da Frente Parlamentar do Agronegócio, Alceu Moreira (MDB-RS). A semana é de mapas nas bancadas temáticas e partidos.