Senadores e deputados retomam os trabalhos nesta segunda-feira com um desejo geral de permanecerem bem distantes dos temas polêmicos. É o efeito eleições 2018, que bate à porta dos parlamentares empenhados em conquistar a reeleição, mesmo representando um Congresso sem credibilidade. Com pouco ou quase nada a oferecer aos seus eleitores, políticos de diferentes partidos preferem a chamada pauta positiva. Também é por isso que o governo Temer não conseguiu avançar nos votos para a Reforma da Previdência, além da incompetência na comunicação. O debate sobre a reforma tributária é outro que não vai prosperar. O Planalto continua a campanha em busca de apoio. Mas é difícil que obtenha sucesso. E isso nada tem a ver com a resistência da oposição, que aproveita para anabolizar antigas bandeiras. Apesar da ampla distribuição de cargos e emendas, Michel Temer não tem votos dentro da sua base aliada, que volta a Brasília preocupada com a própria sobrevivência.
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BLOCO NA RUA
Partidos de oposição ao governo preparam ato para amanhã, na Câmara, contra a reforma da Previdência. Com o apoio de centrais sindicais e movimentos sociais, bancadas vão anunciar obstrução dos trabalhos em plenário, até que o presidente da Casa, Rodrigo Maia, anuncie que não colocará a reforma em pauta. Líder do PT, o deputado Paulo Pimenta (RS), adianta que os parlamentares também vão aproveitar para fazer discursos em defesa do ex-presidente Lula.
ELES DEVEM
Entre os devedores da Previdência estão também os maiores partidos políticos do país, segundo a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. Do PT ao DEM, passando por MDB e PSDB, todos acumulam dívidas de contribuições previdências.
NÃO FAZ FALTA
Os ministérios do Trabalho e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio estão há mais de um mês sem titulares no comando. Alguém notou alguma diferença?
ASSÉDIO
Deputados da bancada catarinense de partidos aliados ao governo voltarão a ser cobrados sobre a aprovação da reforma da Previdência. Apoio nas eleições entrará na pauta de negociações.
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