O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, não quis pagar para ver. Diante do enorme desgaste que representaria chancelar a toque de caixa as mudanças nas regras eleitorais e partidárias aprovadas pela Câmara, ele resolveu votar apenas a criação do fundo partidário.
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Dirigentes já comemoravam a redução da fiscalização e a chance de usar o dinheiro dos fundos com irresponsável liberdade, mas não houve clima político para a votação. A tarde desta terça-feira (17) foi tensa nos principais gabinetes do Senado, com parlamentares buscando uma maneira de maquiar o texto para torná-lo mais palatável.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, foi consultado sobre a possibilidade de mudanças no projeto e aprovação relâmpago para que regras pudessem valer ainda nas eleições de 2020. A resposta dele: nem pensar.
Como Alcolumbre já enfrenta críticas em razão da resistência à Lava-Toga, ele considerou que não valia a pena alimentar a fama de vilão e comprar mais uma briga.
Pelo amor
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Disposto a enterrar de vez a CPI da Lava-Toga, Davi Alcolumbre, tem ligado pessoalmente para os colegas, pedindo para que retirem as assinaturas da criação da comissão de inquérito. Aos senadores mais próximos, chega a apelar:
— Pelo amor de Deus.
Curtas
Afobados
Antes mesmo do projeto das mudanças nas regras eleitorais e partidárias ser desidratado, o senador Jorginho Mello (PL-SC) já havia avisado que votaria contra. Ele reclamou da pressa da votação no Senado, enquanto a Câmara passou quase um ano analisando o texto.
Emenda paga
O Governo deve liberar até sexta-feira os R$ 29,2 milhões da emenda coletiva da banca catarinense de 2018. De acordo com o coordenador da bancada catarinense, deputado Peninha (MDB) os recursos vão ser repassados ao Estado para compra de equipamentos agrícolas. As máquinas devem ser entregues até o final do ano. Cerca de 180 municípios serão beneficiados com o investimento.
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