O Senado aproveitou a votação da reforma da Previdência para, mais uma vez, mandar recado para o Palácio do Planalto. Sem esconder a insatisfação, Major Olímpio (PSL-SP) disse que há desconfortos e dessabores, que vão de senadores que não são recebidos pelos ministros à discussão do pacto federativo.
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Os parlamentares querem ações de socorro do governo federal para tirar os governadores da crise financeira. Tudo isso precisa ser resolvido no intervalo da votação até o segundo turno da reforma da Previdência. Embora a oposição tenha aproveitado o tempo em plenário para reclamar das mudanças na aposentadoria, esse está longe de ser o maior problema do Planalto.
Recados, pressões, insatisfações e exigências para a liberação de emendas são atos de senadores que, durante as eleições, vestiram a camiseta de Bolsonaro. O texto base da reforma será aprovado mais cedo ou mais tarde. Fica claro, no entanto, que a falta de uma base sólida no Congresso sempre deixa o governo contra a parede.
Vai encarar?
Ao contrário do que ocorreu na Câmara, o PDT não ameaçou ou constrangeu senadores a votarem contra a reforma da Previdência. A favor das mudanças, a senadora Katia Abreu não recebeu nenhum telefonema orientando voto. Oito deputados estão na mira do conselho de ética do PDT.
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Lebre
O deputado Hélio Costa (Republicanos-SC) protocolou requerimento na Comissão de Segurança Pública da Câmara para que o diretor da Força Nacional, Coronel Antonio Aginaldo de Oliveira, explique os gastos e ações do órgão.
– Tem muito dinheiro, muita diária. Precisamos saber o custo real e resultados, afirmou.
No documento, o parlamentar cita o repasse de R$ 20 milhões para o projeto “Em Frente Brasil”, que coloca homens da Força para atuar no combate à criminalidade em cinco municípios brasileiros.
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