*Silvana Pires, interina

A expectativa para esta segunda-feira em Brasília é o anúncio do presidente Michel Temer da criação do Ministério da Segurança Pública e o nome de quem irá chefiar essa nova pasta. Após ver enterrada a possibilidade da reforma da Previdência, Temer se agarra ao tema da segurança para tentar reverter a impopularidade conquistada em pouco mais de um ano de governo. Por isso, o anúncio deve ser feito com pompa e circunstância.

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O problema aqui não é como será feito, mas sim as medidas que vão ser implementadas na prática para ajudar a diminuir a sensação de insegurança que os brasileiros sentem e o medo de sair às ruas em algumas cidades. Em recente entrevista, Temer voltou a falar em integração entre o ministério da Segurança e os Estados, com cooperação mútua e que os órgãos de inteligência precisam se comunicar entre si. Nada de novo se lembrarmos do Plano Nacional de Segurança que foi lançado em janeiro de 2017 pelo próprio Temer.

A questão é muito maior do que apenas um novo ministério e exige medidas práticas e imediatas, caso contrário a segurança mais uma vez fica apenas como o tema de um debate em ano eleitoral, em busca de votos, enquanto que a violência segue batendo a nossa porta.

Conselho de Ética

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Está na pauta da próxima reunião do Conselho de Ética da Câmara, na terça-feira, análise do pedido da Rede de perda do mandato por quebra do decoro parlamentar contra o deputado João Rodrigues (PSD-SC), que está preso em Porto Alegre. No mesmo dia, o conselho analisa pedidos semelhantes contra os deputados Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), Celso Jacob (PMDB-RJ) e Paulo Maluf (PP-SP).

Transparência

Sobre a transferência de João Rodrigues para Brasília, o advogado do deputado, Marlon Bertol, informou à coluna que deve ocorrer assim que a Polícia Federal resolver a parte burocrática de comprar as passagens para os dois agentes que irão acompanhar o parlamentar. O TRF4 autorizou a transferência na última quarta-feira.

Fidelidade

Mesmo com a reforma da Previdência enterrada, o ministro Carlos Marun afirmou à coluna que não vai deixar a Secretaria de Governo para concorrer à reeleição como deputado federal.

– Dei minha palavra ao presidente e sou homem de palavra. Além disto, penso que estou sendo útil no ministério.

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Frase

“A intervenção Federal no Rio de Janeiro foi tudo, menos o resultado de estudos e planos adequados. O general interventor estava em férias quando foi decidida a intervenção, só sabendo da decisão após ela ser tomada. Tudo não passou de um jogo, de uma aposta eleitoral de Temer, tentando viabilizar de qualquer maneira sua reeleição. O Rio de Janeiro precisa do trabalho de contenção da criminalidade, mas precisa mais que isso. É preciso remover a corrupção, restaurar os serviços públicos e reformular nossa legislação.”

Carlos Fernando Lima, procurador da Lava-Jato

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