Se tiver juízo, Jair Bolsonaro (PSL) abraça o ambicioso pacote econômico apresentado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e faz das grandes reformas a marca do governo. Para isso, não é necessário abrir mão da pauta ideológica – que o eleitorado tanto aprecia – mas vai precisar apelar para a sensatez.
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Declarações sem fundamento, como a do filho Eduardo que defendeu a volta do AI-5, só alimentam a instabilidade política. Embora 2020 seja um ano de eleições municipais, o presidente terá que resistir à tentação de fomentar a polarização e se concentrar na missão de tirar o país da crise econômica.
As propostas encaminhadas por Guedes ao Congresso formam a mais profunda reforma do Estado desde a Constituição de 1988. Muitas medidas conversam diretamente com a insatisfação do contribuinte médio, que está cansado de financiar uma máquina pública ineficiente, sem contrapartidas em serviços de qualidade na educação, saúde e segurança.
É claro que o Congresso vai modificar os textos, tornando as propostas mais palatáveis para o plenário. A eliminação de municípios pequenos, por exemplo, deverá cair. Mas a essência, que é a ideia de um grande ajuste fiscal, poderá ser mantida.
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