A reforma da previdência dos militares saiu do Ministério da Defesa e foi para as mãos do ministro Paulo Guedes (Economia). Generais revisaram os principais itens e debatem o assunto desde o período da transição. Portanto, não há surpresa para o presidente Jair Bolsonaro no texto que deverá ser encaminhado amanhã ao Congresso. Há, sim, uma saia-justa. Praças foram para as redes sociais reclamar que a proposta divulgada até agora não é justa e assegura privilégios à cúpula das Forças Armadas.

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O grande desafio do presidente, que não esconde o gosto com a comunicação direta com o público, é explicar as mudanças que pretende fazer, o impacto que isso terá na economia e a importância da aprovação da reforma, de uma maneira geral, para que o seu governo tenha sucesso. Esse papo reto ainda não existiu. Deputados aguardam que Bolsonaro assuma e defenda as medidas impopulares para que eles possam fazer o mesmo. Vice-líder do governo, o deputado Capitão Augusto (PR-SP) disse à coluna que já começou a fazer contato com os demais colegas, defendendo as reformas:

— Mas o meu maior problema não é o texto. A maior dificuldade é política – reconheceu o Capitão.

Unidos

Hoje é dia de reunir os catarinenses que vivem o dia a dia da articulação política e do poder na capital federal. A NSC Comunicação promove um encontro de seus comunicadores com convidados especiais, em Brasília, para afinar a sintonia a favor do fortalecimento do Estado. A expectativa é de lotação esgotada nos salões do restaurante Le Jardin du Golf.

Eleições

O deputado Peninha (MDB) irá apresentar uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para prorrogar o mandato dos atuais prefeitos e vereadores até 2022, promovendo assim uma coincidência de eleições: municipais, estaduais e Presidência da República. O grande desafio do catarinense será convencer o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) a colocar outro assunto polêmico na pauta.

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Animados

Quem vive a rotina da Justiça Eleitoral reconhece que os procuradores da Lava-Jato têm razão: não há estrutura suficiente para assumir os processos de caixa 2 e corrupção que poderão ser encaminhados após a decisão do STF. Questionado, o ministro do TSE Admar Gonzaga afirmou não ser necessária uma força-tarefa para atender essa demanda. Políticos enrolados não escondem a animação.

Frase

"O governo criou confusão desnecessária no debate."

Do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, sobre a inclusão do BPC e da aposentadoria rural na reforma da Previdência.

Leia também a coluna de Upiara Boschi