O presidente Jair Bolsonaro reconheceu que poderá reduzir a idade mínima de aposentadoria proposta na reforma da Previdência de 62 para 60 anos, no caso das mulheres. Não é segredo que o governo terá que negociar, tirar os bodes da sala e tornar o texto menos duro.
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Na ânsia de conseguir a aprovação, no entanto, só não pode permitir uma desidratação radical da proposta desenhada pela equipe econômica. Sem um impacto fiscal significativo, as mudanças não terão sentido.
O presidente tem consciência da importância da reforma para o futuro da economia do país e para o sucesso de seu governo. Mas também não esconde desconforto com a lista de medidas impopulares previstas no pacote. Para interlocutores, tem dito que o ideal mesmo era não precisar mexer nas aposentadorias, mas diante da crise, não há saída.
Os técnicos do ministro Paulo Guedes (Economia) deixaram toda a gordura na aposentadoria rural e no benefício social, mas não gostariam de mudanças na idade mínima. Agora, Bolsonaro já cedeu.
Protagonismo
Único brasileiro integrante do Venezuela Working Group do Inter American Dialogue, o general Sergio Etchegoyen comenta que o Brasil foi omisso e ausente no caso da Venezuela e que precisa assegurar protagonismo. A visita de Juan Guaidó também teve esse sentido, além de reforçar a posição do Brasil de não intervenção militar.
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Guaidó
Único parlamentar a acompanhar Juan Guaidó em suas agendas em Brasília, Marcel Van Hattem (Novo) vai propor a criação de uma Comissão Externa para monitorar a situação da Venezuela. A ideia é analisar de que forma o Brasil pode ajudar o país vizinho, incluindo as questões humanitárias.
Sucumbiu
No final da tarde de quinta-feira, o ministro Sergio Moro (Justiça) cedeu à pressão e excluiu o nome da especialista em segurança Ilona Szabó para integrar o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. O curioso, é que quinta-feira mesmo, em entrevista à rádio Gaúcha, Moro argumentou que era salutar um conselho ter integrantes com diferentes pontos de vista. Ilona é conhecida por defender a lei do desarmamento. A pressão, neste caso, falou mais forte.