Embora o tempo seja apertado, o governo e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, criaram uma expectativa tão grande sobre a votação da reforma da Previdência antes do recesso, que agora o mercado está de olho no calendário. O impasse sobre Estados e municípios e a pressão de deputados do PSL para que policiais assegurem aposentaria especial travaram nos debates.
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O ministro Paulo Guedes (Economia) tem razão quando insiste para que prefeitos e governadores sejam atendidos. Sem mudar os regimes locais, a reforma será capenga e não terá dinheiro do pré-sal suficiente para colocar os investimentos em dia. O interessante é que neste momento crucial, quem assumiu o protagonismo das negociações junto às bancadas não foi um enviado do Palácio do Planalto.
Maia está liderando as conversas, acalmando o mercado e tentando emplacar a data prevista. Como o mapa de votação em plenário já conta com cerca de 320 votos, o desafio agora é não fazer movimentos que representem retrocesso na articulação.
Ônibus escolar
O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Educação, Abraham Weintraub, têm agenda em Florianópolis no dia 15 de julho. De acordo com o coordenador da bancada catarinense, deputado Rogério Peninha (MDB), eles vão fazer a entrega de ônibus escolar para 74 municípios. Os recursos para a aquisição da frota são oriundos de emenda coletiva da bancada de 2017.
Convescote
Os senadores Jorginho Mello (PL-SC) e Esperidião Amin (PP-SC) prestigiaram a posse do desembargador Victor Laus na presidência do TRF-4, ontem, em Porto Alegre. Eles aproveitaram a presença na capital gaúcha e participaram de um almoço com o ex-senador Pedro Simon (MDB). À coluna, Simon criticou o governo Bolsonaro afirmando que falta firmeza.
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Spiderman
Comentário na bancada do MDB é que Onyx Lorenzoni poderá ser descolado para outra pasta e substituído na Casa Civil pelo secretário Rogério Marinho (Previdência). Onyx nega e afirma que o fio que o prende a Jair Bolsonaro e ao governo é o do Homem Aranha, não arrebenta.
Torcida
Parlamentares que estiveram reunidos com o ministro Sergio Moro nos últimos dias comentam que os investigadores estão perto de descobrir quem hackeou as conversas entre o então juiz e procuradores da Lava-Jato. Aliados do ministro, dizem que a tendência é a desmoralização do que foi divulgado até agora.