Nas rodas de conversas em Brasília o assunto é um só: a política de redução de danos do governo Bolsonaro, depois do ápice da crise das queimadas na Amazônia. Produtores rurais de ponta estão preocupados com mercados e com a imagem do país no Exterior, um ativo importante para quem exporta.
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Políticos, mesmo os aliados do presidente, se assustaram com o tamanho do estrago. E os governadores da região da Amazônia, que nesta terça (27) se reúnem com o presidente, clamam pela volta da fiscalização mais efetiva e com o fim do discurso da permissividade. Do Sul ao Norte, a receita já está desenhada, basta o governo colocar em prática de maneira pragmática.
A troca de ofensas de Jair Bolsonaro com o presidente da França, Emmanuel Macron, anima as insanas torcidas, mas não resolve o problema. Zombar da mulher do presidente francês é infantil e machista. E Macron, que nunca quis mesmo assinar o acordo União Europeia e Mercosul, está aproveitando para desqualificar o adversário.
Como disse a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, passou da hora de baixar a poeira. No caso, o Brasil tem muito a perder.
Para tudo
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A questão da Amazônia virou uma crise de tal tamanho que até ministros estão cancelando agendas fora de Brasília. No caso de Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) ele está atento aos problemas de infraestrutura da região. Já Abraham Weintraub (Educação) optou por ficar distante de mais polêmicas, após ter chamado o presidente da França de “canalha, oportunista.”
Sem visto
Um dos projetos na pauta desta terça-feira (27) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara é o que veda a concessão de visto para estrangeiros envolvidos em crimes sexuais contra crianças e adolescentes. A deputada catarinense Caroline De Toni (PSL), relatora do texto, deu parecer favorável. Um dos argumentos do projeto, que veio do Senado, reforça que muitos crimes praticados por estrangeiros no Brasil decorrem em função do “turismo sexual”.
Nas nuvens
A ex-presidente Dilma Rousseff foi alvo de atenção de passageiros no voo de Brasília para Porto Alegre, no último domingo (25). Acomodada nas primeiras fileiras, ao lado do segurança, a ex-presidente foi fotografada, mas não deu abertura para pedidos de selfie.
Leia também: Macron convoca países para discutir queimadas na Amazônia no G7
Frase
Foi oportunista. Foi um problema interno do Brasil, que prejudica a imagem do país, que já não anda muito bem. Só que o bom senso prevaleceu na reunião do G7.”
Da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, ao comentar declaração do presidente da França, Emannuel Macron, sobre as queimadas.
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