A máxima entre os políticos em Brasília é que debate, nos dias de hoje, não vence eleição. Não vence, mas ajuda a alimentar a democracia, tira os candidatos do conforto de suas bolhas e leva ao eleitor mais subsídios para a decisão sobre o voto.
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Dependendo da característica do candidato, não participar pode até ser uma estratégia do marqueteiro que identifica vantagem em preservar o cliente. Mas sob o ponto de vista do processo eleitoral e da transparência, é um desrespeito ao eleitor. No último debate na televisão, Jair Bolsonaro (PSL) foi confrontado pela primeira vez por uma adversária, a ex-ministra Marina Silva (REDE).
Aliados do candidato avaliaram que ele se desgastou e chegaram a divulgar que ele poderia não participar mais. Ao longo do dia de ontem, ele informou que deve, sim, participar de mais alguns debates. Em primeiro lugar nas pesquisas quando Lula (PT) não participa, Bolsonaro também tem a maior rejeição. O temor de alguns conselheiros é de que ele não conquiste novos eleitores, caso tenha desempenho ruim nos confrontos. Ficar de fora, no entanto, é ainda pior. Debater é sempre a melhor decisão.
Nova coordenadora
A deputada Carmen Zanotto (PPS-SC) assume a coordenação do Fórum Parlamentar Catarinense no dia 4 de setembro. A função será repassada pelo atual coordenador, Jorginho Mello (PR), em um evento na Câmara, com a presença da bancada. A ideia inicial era fazer a troca da função na próxima semana em Florianópolis, mas por conta das viagens para campanha eleitoral os deputados não conseguiram conciliar as agendas.
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Marketing
A estratégia do PT de gravar mensagens de Lula antes de ser preso não foi só para a campanha à presidência. Lula aproveitou as caravanas que fez pelo país, antes de ser preso, e gravou mensagens também para campanhas a governos estaduais do PT. Até o momento já foram confirmadas mensagens para as disputas na Bahia e no Rio Grande do Sul.
Antecipou
Foi antecipada para terça-feira a análise na 2ª Turma do STF da denúncia contra Bolsonaro por crime de racismo, a partir de declarações sobre quilombolas, indígenas e refugiados. O ministro Marco Aurélio Mello, relator do caso, atendeu um pedido da defesa para a antecipação. Caso a denúncia seja aceita, Bolsonaro se tornaria réu pela terceira vez.
Frase
“Não é nem um pouco fácil ser juiz, nem promotor ou procurador neste Brasil de hoje. E é bom que os brasileiros saibam disso, para continuar acreditando que o direito vale a pena”
Da presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, ao afirmar que não falta coragem ao Ministério Público e ao Judiciário para realizar suas atribuições.
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