Quem conhece as entranhas do Ministério Público e do Judiciário aposta que o novo procurador-geral da República, Augusto Aras, acenou com mundos e fundos para o presidente Jair Bolsonaro, mas não vai entregar tudo o que prometeu.
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Um primeiro sinal já poderá ser observado durante a sabatina no Senado. Uma vez à frente da PGR, e blindado por um mandato de dois anos, estará muito mais preocupado com o destino de sua biografia do que em servir ao governo.
O último PGR a agir totalmente a favor do Palácio do Planalto foi Geraldo Brindeiro, que entrou para a história como engavetador geral da República durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. O temor de investigadores, no entanto, é que Bolsonaro tenha fechado mais uma ponta na ânsia de enquadrar os órgãos de controles.
Depois da Receita, do Coaf e da PGR, o próximo alvo seria a Polícia Federal. Enquanto isso, chama a atenção o constrangedor silêncio do ministro da Justiça, Sergio Moro.
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