Esbravejar e ofender um jornalista pode ter efeito na militância apaixonada, mas não é assim que o presidente Jair Bolsonaro vai tirar o filho do foco das investigações do Ministério Público no caso das rachadinhas da Assembleia do Rio. E não é perdendo o prumo que o presidente vai blindar o governo das acusações de corrupção que pairam sobre o filho.
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Aliás, a coluna já defendeu: deixa investigar. Para um político que se elegeu com a bandeira de combate à corrupção, claro que a situação é constrangedora. Por enquanto, Flávio não apresentou explicações objetivas às movimentações financeiras suspeitas levantadas pelo MP.
A principal reclamação dos Bolsonaro é que o processo corre em sigilo e não poderia ter vazado. Aliás, a prática do vazamento foi corrente na Operação Lava-Jato e jamais se ouviu qualquer integrante da família presidencial criticando a peneira do ex-PGR, Rodrigo Janot.
Quer dizer: a fúria do presidente é cortina de fumaça para uma investigação com potencial explosivo. Neste final de ano, Bolsonaro deveria estar surfando nos índices de recuperação de emprego e expectativa positiva na economia, mas está tenso demais para comemorações.
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