O PT tem uma dívida com o ex-ministro José Dirceu. Preso no mensalão e na Lava-Jato, ele jamais entregou os companheiros ou revelou participação do ex-presidente Lula nos esquemas de corrupção, ao contrário de Antonio Palocci, que já negocia delação. Espanta, portanto, que as manifestações de apoio ao ex-ministro da Casa Civil sejam até tímidas, diante da importância de Dirceu para o partido.

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Internamente, ele continua sendo consultado sobre as articulações políticas. Publicamente, no entanto, são poucos os parlamentares a se mobilizarem pelo petista que mandou e desmandou em Brasília. Dirceu já foi aclamado pela militância como “guerreiro do povo brasileiro”. Mas a conta é pragmática: defendê-lo com paixão não é eleitoralmente interessante. 

Um deputado petista, consultado pela coluna, argumentou que estava trabalhando com “outra agenda”, que é a defesa da candidatura de Lula. A situação do PT não é fácil. Com a possível volta do ex-ministro à prisão, o trio de ouro do partido estará atrás das grades: Lula, Palocci e Dirceu.
 
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Só uma vez?

O ministro do Desenvolvimento Social (MDS), Alberto Beltrame, determinou abertura de sindicância para analisar todos os contratos fechados pela gestão do ex-presidente do INSS Francisco Lopes. Suspeito de irregularidade na contratação de uma empresa, Lopes foi demitido. A sindicância será coordenada pela Corregedoria do MDS.
 
 

Fura-fila

Se depender da juíza Leila Cury, do Distrito Federal, o deputado João Rodrigues (PSD-SC) não volta à Câmara tão cedo. Ela negou pedido da defesa do parlamentar para ter prioridade na análise de recurso que poderia permitir que ele trabalhasse durante o dia. A juíza alega que tem 50 mil processos para analisar, e como Rodrigues não é idoso e nem possui doença grave, não tem direito a entrar na fila dos preferenciais.


Sincero

Para justificar o atraso na liberação de licenças para pesca de tainha no ano passado, o secretário nacional da Pesca, Dayvson Franklin de Souza, reclama do desmonte da estrutura depois que a Pesca perdeu o status de ministério. Dayvson alerta que, atualmente, a capacidade de trabalho gira em torno de 10% do que já foi um dia. Um dos pontos mais afetados é a demora na emissão de licenças. Dayvson ocupa a secretaria na cota do PRB.

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Frase
 
“Se o presidente demorar mais, não teremos condições nem de lançar a candidatura própria”.

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Da líder do MDB no Senado, Simone Tebet, ao analisar a atual situação do partido em relação à candidatura para a presidência da República.

 

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