Com um ministro denunciado por envolvimento no laranjal de Minas Gerais e no meio de uma briga pela liderança nacional do PSL, o presidente Jair Bolsonaro resolveu mandar um apoiador esquecer o partido. Para quem tem memória curta e não se importa com a falta de fidelidade partidária de Bolsonaro, pode parecer fácil passar uma borracha na história da legenda que mais cresceu nas últimas eleições e embarcar em outro partido de aluguel. Deputados que chegaram a Brasília sem fazer outra coisa do que críticas ao PT e arminha com as mãos, hoje votam matérias importantes e ajudam a determinar o futuro do país. Multifacetado e sem disciplina, a legenda virou um problema para o seu padrinho.
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Disposto a concorrer à reeleição, o presidente quer deixar para trás as confusões que o PSL possa representar, como se não tivesse responsabilidade pelo poder que o grupo ganhou. Outra saída, seria reformular a cúpula do partido, defenestrando o atual presidente Luciano Bivar (SP). Nos bastidores, Bivar ameaça: se cair, leva muita gente com ele.
Defesa
O governador Carlos Moisés esteve reunido nesta terça-feira, em Brasília, com o ministro da Defesa, Fernando Azevedo. Moisés tratou da cooperação do Exército para o reforço do controle das fronteiras e das ações integradas entre Forças Armadas e polícias dos estados.
Briga pelo Incra
O ex-deputado catarinense e chefe do Serviço Florestal, Valdir Colatto (MDB), conta com o apoio do presidente da Frente Parlamentar da Agricultura e colega de partido, Alceu Moreira, para assumir a presidência do Incra. O secretário especial de Assuntos Fundiários, Nabhan Garcia, vem tomando iniciativas polêmicas, é atribuída a ele a saída do ex-presidente do Instituto.
Longe do agressor
O presidente Jair Bolsonaro sancionou lei que garante vaga para filhos de mulheres vítimas de violência doméstica em unidade mais próxima de sua residência. No evento no Planalto, Bolsonaro fez questão de chamar a autora do projeto, a deputada catarinense Geovania de Sá (PSDB), e afirmou:
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— Esse vale a pena assinar!
O projeto também facilita o afastamento da vítima de seu agressor e todos os dados dos envolvidos serão sigilosos.
Pior estratégia
Se Rodrigo Janot pagou pela estratégia de marketing para o lançamento do livro, deveria pedir o dinheiro de volta. A revelação de que foi ao STF armado, com a intenção de matar Gilmar Mendes, comprometeu o prestígio do ex-PGR e afastou autoridades da sessão de autógrafos. Investigadores que atuaram na Lava-Jato relatam à coluna que já detectaram inconsistências na história contada por Janot.