* Por Silvana Pires
Enquanto os detalhes da reforma da Previdência não são divulgados oficialmente, o governo Bolsonaro prepara uma medida provisória com foco em melhorias na gestão, na concessão de benefícios previdenciários e na prevenção de fraudes. Um pente-fino nos pagamentos feitos pelo INSS também vai ocorrer – o que, é bom lembrar, foi feito pelo governo Temer. Ainda nesta semana, os detalhes desta MP devem ser fechados durante reunião com o presidente Jair Bolsonaro, os ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Paulo Guedes (Economia) e o secretário da Previdência, Rogério Marinho. Um choque de gestão e a correção de erros são sempre bem-vindos, mas o governo precisa apresentar algo mais à população. Há uma expectativa grande em torno do que pode mudar em relação à aposentadoria de cada brasileiro, por exemplo. Para amanhã, está prevista nova reunião de Bolsonaro com sua equipe ministerial, em Brasília. Mesmo sem promessa de anúncios, o ideal é que o staff do presidente possa vir a público e apresentar o que pretende fazer de fato em cada pasta, especialmente em relação à Previdência.
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Esperança
Apesar de ainda trabalhar no que será a reforma da Previdência, o governo Bolsonaro já aposta em uma previsão de data para votar a proposta no plenário da Câmara. Um interlocutor afirmou à coluna que a expectativa é analisar o tema já na primeira quinzena de março.
Rebateu
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Dilma Rousseff rebateu o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, que a acusou de ter “derretido” o sistema de inteligência brasileiro. Por meio de nota, a ex-presidente citou problemas que enfrentou em sua gestão, como o grampo em seu gabinete e no avião presidencial. Dilma ainda alfinetou o GSI ao citar uma “falha” recente, ao lembrar do atentado sofrido pelo então candidato Bolsonaro:
— A 'inteligência' já supostamente reconstruída, desconhecia a ameaça e, portanto, não pode impedi-la, escreveu na nota.
Parceria
Em conversa com a coluna, o ministro Sergio Moro (Justiça) reconheceu a importância da participação do Exército na segurança pública nos últimos anos. Moro afirmou que gostaria de contar com as Forças Armadas, se necessário, em situações excepcionais, como por exemplo, em caso de perturbação da ordem pública pelo crime organizado.
Revogaços
Além de tentar apagar incêndios, o ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) está mergulhado na preparação de decretos de simplificação de normas e serviços, chamados no Palácio do Planalto de “revogaços”. A previsão é de que as novas determinações sejam publicadas nos próximos dias.
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