O Congresso retoma hoje os trabalhos e quem vai levar a mensagem presidencial aos parlamentares é o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. O discurso foi preparado ao longo do final de semana, priorizando a continuidade das reformas e a retomada da economia. Na prática, os ajustes serão feitos horas antes, durante um café da manhã entre Onyx e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
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Portanto, mesmo depois de uma sapecada em óleo quente, o parlamentar gaúcho segue à frente da pasta. formalmente, continua sendo a ponte do Palácio do Planalto com o parlamento, em especial com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre. É, sim, a Casa Civil mais esvaziada dos últimos tempos e sujeita aos ataques especulativos do fogo amigo. No sábado, Onyx esteve reunido com Bolsonaro por mais de duas horas no Palácio da Alvorada.
O presidente disse ao gaúcho que jamais imaginou tirá-lo da Casa Civil. Mas, então, por que fritar o aliado, fragilizando politicamente um ministro do núcleo duro do governo?
Bolsonaro já deixou claro que só é leal aos filhos. Depois de tentar fritar o ministro da Justiça, Sergio Moro, foi a vez de Onyx. À coluna, o ministro voltou a afirmar que há relação de confiança mútua entre ele e o presidente e que, sim, volta e meia os dois têm mas "DRs". A grande questão é: até quando Onyx fica na Casa Civil. O desastre no Ministério da Educação e o serpentário que virou o Palácio do Planalto indicam que Bolsonaro terá que fazer uma reforma ministerial em breve.
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