É zero a chance de progredir o debate da reforma administrativa ainda neste ano. Mas, então, por que o ministro da Economia, Paulo Guedes, faz questão de encaminhar a proposta neste momento, em que até o clima político está azedo para o governo?

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Porque o mercado trabalha com sinais, e a equipe econômica precisa mostrar que a agenda liberal não morreu depois da reforma da Previdência. Se a instabilidade política é alimentada por declarações alucinadas dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, o "Posto Ipiranga" precisa provar que as principais diretrizes técnicas continuam valendo.

Alinhado com o empresariado, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, vai trabalhar por mais essa reforma, mas também não tem pressa. Diante de uma lacuna de medidas efetivas na área social por parte do Planalto, Maia criou um grupo de trabalho para elaborar um pacote voltado para questões como saneamento e educação.

Enquanto isso, a PEC Emergencial, como está sendo chamada, vai tramitando. A meta é aprovar as mudanças que atingirão em cheio os servidores públicos federais até abril de 2020, antes de começar a campanha para as eleições municipais.

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