*Por Silvana Pires, interina

O juiz federal Marcelo Bretas, responsável pela Lava-Jato no Rio de Janeiro, está envolvido em nova polêmica. O magistrado conseguiu na Justiça garantir o pagamento do auxílio-moradia para ele e para a esposa, que também é juíza. Uma resolução do CNJ proíbe o pagamento duplo para casais que moram no mesmo local. Nas redes sociais, Bretas foi irônico e diz ter o “estranho hábito” de, quando acredita ter direito, recorre à Justiça. O auxílio-moradia para os magistrados sempre esteve envolto em polêmica. Sim, há uma regra para isso, mas como explicar que um magistrado receba mensalmente R$ 4.377,73 para famílias inteiras que vivem com muito menos do que isso? Ainda mais se levarmos em conta que o salário de um juiz federal giram chega  a quase R$ 29 mil. Com as desigualdades existentes no país, um auxílio como este pode não ser ilegal, mas é indecoroso. O assunto em breve será discutido no Supremo Tribunal Federal (STF), quando será analisada uma liminar que liberou em 2014 o auxílio-moradia para todos os juízes e desembargadores brasileiros. Conseguirão os ministros acabar com esse privilégio que atende a própria categoria? 

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Decoro

Cristiane Brasil (PTB-RJ) estava praticamente em silêncio quando o assunto era seu problema com a Justiça Trabalhista. Resolveu jurar que não devia nada para os motoristas que a processaram e da pior maneira possível: numa gravação em um barco rodeada por quatro amigos. Como uma parlamentar e, se a Justiça liberar, futura ministra do Trabalho, Cristiane deve respostas mais claras à população sobre todas as controvérsias envolvendo seu nome. 

Hostilizado

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O Instituto de Garantias Penais (IGP) lançou nota para defender o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que no final de semana foi hostilizado durante um voo de Brasília para Cuiabá. O texto afirma que tem se tornado comum a prática de gravar agressões para depois divulgá-las e que “tem a marca da covardia” porque não deixa ao agredido nenhuma chance de defesa. O instituto afirmou que reconhece a “lisura de conduta do ministro do STF e do TSE”.  

Frase

“Se conseguíssemos esclarecer 100% da população em relação ao que estamos propondo na reforma da Previdência, teríamos hoje aprovação maior do que 90% a essa nova e mais justa previdência que estamos propondo.” 

Do ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, sobre a reforma da Previdência. Governo admite que hoje tem em torno de 270 votos favoráveis, são necessários ao menos 308 para aprovar o texto. 

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