*Por Silvana Pires, interina

O Palácio do Planalto não tem o que comemorar. A nova pesquisa Datafolha mostra que oscilou de 71% para 70% o índice de brasileiros que consideram o governo Temer ruim ou péssimo. A aprovação (bom ou ótimo) ficou em 6%. O resultado também não favorece quando o assunto é a nota do governo, de zero a 10. Dos entrevistados, 43% dariam zero e apenas 2% optariam por 10. Para o presidente que teve a maior rejeição já registrada desde que a pesquisa começou a ser feita – 73% em setembro passado –, Michel Temer tem um longo caminho para tentar melhorar sua avaliação, ainda mais que na agenda política há temas considerados indigestos pela população como a reforma da Previdência e o alto índice de desemprego. A questão que fica é se ele conseguirá reverter esse quadro faltando apenas 11 meses para o final de seu mandato.

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O governo federal prepara uma ofensiva sobre a reforma da Previdência a partir de segunda-feira com o lançamento da campanha “Todos com a nova Previdência. Senão o Brasil quebra”. Propagandas em veículos de comunicação, internet e outdoors são alguns dos meios que vão ser utilizados para mostrar a importância da proposta.

VOTOS A MENOS 

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O governo Temer perdeu votos a favor da reforma da Previdência em janeiro. O mapa mostra que hoje 260 deputados votariam com o Planalto, antes de o recesso começar eram 270. Outros 121 parlamentares estão indecisos, o que é considerado bom pelo Planalto, pois ainda podem ser convencidos. Apesar da queda, governistas seguem confiantes de que as mudanças serão aprovadas ainda neste mês.

SUBIU O TOM

O presidente Michel Temer ao defender a reforma da Previdência durante evento no Palácio, ontem, subiu o tom e avisou que as mudanças são necessárias para garantir o pagamento em dia dos salários dos aposentados, pensionistas e servidores. E o aviso ainda veio com a lembrança que os Estados que não reestruturam suas previdências enfrentam grave crise financeira.

FRASE

“Nem está a 5 mil quilômetros do Rio de Janeiro. Mesmo assim, declara uma guerra na Rocinha, o que leva as forças armadas a serem convocadas. O sistema também faliu porque o governo federal não tem mandato sobre a situação dos estados, apenas em situações extraordinárias, que não deveriam acontecer” Do ministro da Defesa, Raul Jungmann, ao comentar a situação do Rio de Janeiro e o uso das forças armadas.

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