A hora da verdade entre o Ministério da Educação e as universidades federais deve ocorrer no dia 16 de maio. Depois de declarações desastradas e da confirmação de um corte de 30% no orçamento, o ministro Abraham Weintraub deve se reunir com representantes das instituições de ensino. A diretoria da Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) quer falar sobre a verba disponível.
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Há preocupação entre os reitores, que afirmam que não sabem o que o MEC pensa em termos pedagógicos e financeiros. Congelamentos e cortes não são exclusividade do governo Bolsonaro. Desde 2015 os recursos estão minguando. O problema é que, agora, todo o setor está no escuro, sem saber se a verba contingenciada será liberada no final do ano, se a tesourada é em razão da crise fiscal ou se a guerra ideológica vai pesar.
Nas redes sociais, Weintraub afirmou que a prioridade será o investimento em creches e o ensino básico. Se é isso mesmo, o melhor caminho é a apresentação de um plano claro para a educação no lugar de recados polêmicos. Depois de cem dias de paralisia, a primeira medida do MEC foi um petardo contra as federais.
Blindado
Já está acertado que o ministro Paulo Guedes (Economia) irá à Comissão Especial da Reforma da Previdência logo na retomada dos trabalhos para convencer os deputados a não desidratar o texto. Para evitar que se repitam as cenas de confronto com a oposição, os governistas estão sendo convidados a comparecer em peso.
Bolsonaro e Moisés
O deputado Peninha (MDB) afirmou à coluna que o governador Carlos Moisés estará na sala VIP do Congresso Internacional de Missões dos Gideões Missionários da Última Hora para uma breve conversa com Jair Bolsonaro. Há espaço reservado para o discurso do presidente da República na abertura do evento, em Balneário Camboriú.
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Sob nova direção
O PSL de São Paulo será comandado pelo deputado Eduardo Bolsonaro. Até então o posto era do senador Major Olímpio que argumentou que cumpriu sua missão após colocar as contas do partido em dia. O curioso é que outros presidentes estaduais estão usando o mesmo discurso para justificar suas saídas do comando do PSL.
Frase
“Deixo claro que fiz apenas uma ressalva respeitosa. Não tenho nenhum interesse no conflito com o presidente. Precisamos estar juntos pra aprovar a Nova Previdência.”
Do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, ao comentar que recebeu mensagem do senador Flávio Bolsonaro esclarecendo que a declaração do presidente Jair Bolsonaro não tratava da possibilidade de declarar guerra à Venezuela.