*Por Silvana Pires
Apesar de a eleição presidencial ainda estar longe, as pesquisas Datafolha têm dado um importante recado para aqueles que sonham em comandar o país. A mais recente, selecionou 12 personalidades e perguntou para os entrevistados qual o grau de confiança do brasileiro em relação a elas.
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O ministro da Justiça, Sergio Moro, tem o maior grau de confiança do brasileiro, com 33%, seguido pelo ex-presidente Lula (PT), com 30%, pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), com 22% e pelo apresentador de TV Luciano Huck, com 21%. Até aí, em tese, nada muito fora do que era esperado.
O que chama a atenção é o baixo grau de confiança nesses mesmos personagens: 42% (Moro), 53% (Lula) e 55% (Bolsonaro e Huck). Moro tem uma pequena vantagem, mas em linhas gerais metade da população tem dúvidas sobre eles. Mesmo que nem todos venham a concorrer, o índice mostra que o brasileiro não está satisfeito com as mais diversas faces da política nacional.
Buscar entender os motivos que fazem as pessoas pensar assim é primordial para os que almejam a vitória, inclusive nas eleições municipais deste ano – que costumam ser um termômetro para a corrida ao Planalto. Para quem está se perguntando onde João Dória – o mais candidato de todos – fica nessa história, bem longe do quarteto: 69% têm baixo grau de confiança e outros 7%, alto.
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Outro recado importante das pesquisas, e aqui o percentual é mais consistente, é de que 62% dos brasileiros acreditam que a democracia é sempre a melhor forma de governo.
Chapéu alheio
Não podia ser diferente a reação dos governos estaduais contra a ideia do presidente Jair Bolsonaro (foto) de tentar barrar um eventual aumento dos combustíveis, devido à crise no Oriente Médio, reduzindo o ICMS sobre o produto.
A crise financeira atinge a maioria dos estados e o ICMS representa fatia importante do total arrecadado, em alguns casos chega a 20%. O assunto deveria ter sido tratado de forma mais formal, em uma reunião com os governadores, e não em uma fala em frente ao Palácio da Alvorada.