Parlamentares defensores de uma CPI do Judiciário vão começar a semana pressionando o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Com as 27 assinaturas necessárias, eles defendem a instalação da comissão de inquérito para "abrir a caixa-preta do Judiciário". A expressão é utilizada pelo autor do requerimento, o senador Alessandro Vieira (PPS-SE). 

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A notícia de que a Receita Federal identificou movimentações financeiras suspeitas nas contas do ministro do STF Gilmar Mendes, e a mobilização da cúpula do STF para blindá-lo, colocam combustível neste debate.

No final de semana, nasceu nas redes sociais o movimento a favor da chamada Lava-Toga. É verdade que o protagonismo na caça aos corruptos, em especial na Lava-Jato, transformou juízes – como Sérgio Moro – em celebridades.

Por outro lado, há uma revolta com a demora dos processos, com a frequente defesa de privilégios e até com o desgaste de embates claramente políticos entre os próprios ministros do Supremo. Mas CPI não é a solução. 

É pouquíssimo provável que o presidente do Senado, investigado no STF, compre essa briga. A última comissão que funcionou, desvendou o mensalão, em 2005. De lá para cá, parlamentares até já foram acusados de usar CPIs para achacar possíveis alvos de investigação.

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Desconectado

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