A fila dos projetos na Câmara anda e o presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem pressa. Empenhado na missão de ficar conhecido como o grande padrinho das principais reformas do país, Maia faz de tudo para encerrar a votação das mudanças nas aposentadorias ainda nesta semana e, imediatamente, começar os debates sobre a questão tributária.
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Enquanto as atenções estavam voltadas para a Previdência, ele criou uma comissão especial e escolheu presidente e relator de sua confiança para levar adiante a votação da reforma tributária. O texto apresentado pelo líder do MDB na Câmara, deputado Baleia Rossi (SP), propõe simplificação do sistema e unificação de tributos sobre o consumo.
Ainda faltam acordos com empresários, Estados e municípios, mas, desta vez, há vontade política. O Ministério da Economia trabalha em uma proposta com o DNA do governo Bolsonaro. A proximidade de Maia e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), com o ministro Paulo Guedes poderá viabilizar um texto único. Qualquer sugestão que tenha cara de volta da CPMF será rechaçada na hora.
Pendências
Ficou com o Senado a missão de contemplar Estados e municípios na reforma da Previdência. Os governadores se reúnem hoje em Brasília para tentar sensibilizar os senadores, já que os deputados não tiveram a coragem de completar a missão. Por falar em pendências, e a reforma da Previdência dos militares? Tem autoridade em Brasília que prefere esquecer o assunto.
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