Com Lula atrás das grades, o PT coloca na rua o plano B para as eleições presidenciais de 2018. Fernando Haddad como vice da chapa presidencial e Manuela D’Ávila (PC do B) na reserva do vice passarão a viajar pelo país para se tornarem conhecidos como os afilhados políticos do ex-presidente da República. Enquanto isso, o PT continuará defendendo junto à militância que a candidatura de Lula é para valer, fazendo de conta que não existem as enormes dificuldades junto à Justiça Eleitoral. É jogo de cena.
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O partido vai registrar o nome de Lula no TSE no dia 15 de agosto e ficará à espera da decisão dos ministros, que não deve demorar. Permanece, no entanto, a grande dúvida sobre a capacidade de transferência de votos do ex-presidente para o poste da vez. Lula fez de uma ministra técnica e sem carisma a primeira mulher presidente da República. Na época, ele deixava o governo com alto índice de popularidade e, como presidente, teve tempo e condições de preparar o terreno para Dilma Rousseff.
Agora, está preso, condenado por corrupção, mas ainda tem o ativo do bom desempenho nas pesquisas e manda no PT. Assim como Dilma, Haddad não é uma unanimidade dentro do próprio partido, muitas vezes chamado de o “mais tucano dos petistas”, mas sempre foi o preferido de Lula.
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SEQUELAS
O PSB pode ter trabalhado com sucesso para garantir a reeleição do governador Paulo Câmara, em Pernambuco, mas saiu em frangalhos da convenção. A posição de neutralidade rachou o partido, deixando lideranças descontentes e a legenda sem identidade.
NAS MÃOS DO STF
O Supremo Tribunal Federal (STF) julga hoje mais um recurso do deputado João Rodrigues (PSD) contra a condenação por dispensa irregular de licitação. Na ação, que está na 1ª Turma, o catarinense insiste na prescrição da pena e na falta de dano aos cofres públicos na compra de uma retroescavadeira para a prefeitura de Pinhalzinho, em 1999. Essa é a segunda vez que Rodrigues recorre na mesma ação. Na primeira vez, os ministros negaram o pedido do parlamentar para não cumprir a pena.
NO STJ
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) deve julgar hoje ação que discute se o ex-governador Raimundo Colombo (PSD) fez três contratos com empresa de advocacia por meio de licitações fraudulentas quando foi prefeito de Lages, em 2005. A ação é motivada por um recurso do Ministério Público estadual contra duas decisões anteriores que livraram o ex-governador do crime com o entendimento de que não há “indícios razoáveis de culpa ou de dolo” praticados por Colombo.
FRASE
“Candidaturas registradas para as eleições nacionais. Convém olhar o partido, a trajetória de vida, os compromissos públicos. E também com quem fez e faz alianças: dize-me com quem andas e dir-te-ei se te acompanho”
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Chico Alencar, deputado federal (PSOL-RJ).