Depois de ter gerado uma nova crise política dentro da crise da pandemia do coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro resolveu abrir a segunda-feira (27) ao lado dos ministros que ainda asseguram credibilidade ao governo, em especial junto aos mercados.
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Enquanto a expectativa é sobre o anúncio do novo nome do ministro da Justiça, Bolsonaro saiu do Palácio da Alvorada ao lado dos ministros da Economia, Paulo Guedes, da Agricultura, Tereza Cristina e da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. Todos fizeram comentários positivos sobre políticas públicas que estão colocando em prática. Com isso, o presidente tenta dar sinais de que Sergio Moro, considerado um superministro, não faz falta na administração pública.
Técnicos e operacionais, esses ministros estão cercados de assessores qualificados e têm planos com começou, meio e fim para as suas pastas. Embora o projeto de reformas defendido por Guedes não faça mais sentido – diante da urgência promovida pela pandemia – ele ainda é o fiador do governo junto a parte do empresariado e aos mercados.
O curioso é que na hora de mostrar ao eleitor o que tem de melhor na Esplanada, Bolsonaro não exibiu os ministros da ala ideológica. Mesmo comandando áreas igualmente estratégicas, os ministros Abraham Weintraub (Educação) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores) não foram convocados para o momento "prestação de contas".
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