Criticado por ter votado uma pauta-bomba que vai comprometer o orçamento do próximo presidente da República, o Congresso tenta lavar as mãos.
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O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), resolveu afirmar que todas as matérias que aumentam gastos nasceram do próprio Executivo e que os parlamentares têm todo o direito de apresentar emendas. Neste caso, a irresponsabilidade é geral. Fraco, o governo de Michel Temer já não tem condições de garantir a vontade da equipe econômica.
Na votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias, nem o líder do governo no Senado, Romero Jucá (MDB-RR), ajudou. Ele, que já foi ministro do Planejamento, defendeu emenda que permite o reajuste dos servidores públicos em 2019. A cereja do bolo ficou por conta da comissão especial que aprovou de forma simbólica um texto que permite indicações políticas nas empresas estatais.
VERRUGA
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O Palácio do Planalto esqueceu de combinar com os principais aliados a mesma versão sobre o atendimento do presidente Michel Temer no departamento médico da Câmara. A assessoria do presidente informou que ele foi retirar uma verruga do rosto, um procedimento estético. Já o deputado Darcísio Perondi (MDB-RS) comentou que se tratava de exames de rotina.
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Faltou lugar
O Conselho de Ética da Câmara atrasou em quase duas horas a sessão da última quarta-feira porque não havia espaço disponível. O fato ocorreu por conta da correria dos deputados para conclusão dos trabalhos antes do recesso parlamentar. Durante a manhã, 25 comissões registravam reuniões marcadas, mas a Câmara possui apenas 16 salas para isso.
DESIDRATOU
O relatório da Lei de Diretrizes Orçamentárias apresentado pelo senador Dalírio Beber (PSDB) acabou desidratado. Diante da pressão do funcionalismo público, caíram as restrições ao reajuste salarial e novas contratações. Colega de plenário do catarinense, o senador Romero Jucá (MDB-RR) apresentou emenda beneficiando os servidores.
DOIS PESOS…
A Procuradoria-Geral da República pediu ao STJ, com toda razão, a abertura de investigação contra o comportamento do desembargador do TRF4 Rogério Favreto no episódio do habeas corpus do ex-presidente Lula. Essa confusão no Judiciário, no entanto, começou pelos exemplos do STF. Quem irá investigar os ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli?
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