O Brasil tem um trunfo no combate aos efeitos do coronavírus, em comparação a potências como os Estados Unidos: o SUS. O Sistema Único de Saúde, desenhado pela constituinte para assegurar o acesso a esse direito fundamental a todo cidadão, é o diferencial. Equipes médicas organizadas em diferentes níveis, postos de saúde, hospitais, repasses públicos previstos no orçamento.

Continua depois da publicidade

Toda essa rede é um caminho pavimentado para a implementação de medidas de urgência. Mas o principal é a garantia de atendimento. Você que está lendo pode estar pensando que o SUS tem fila, problemas de repasses, de pagamentos que deveriam ser maiores. Tudo isso é verdade. Sem essa estrutura gigante, no entanto, o que fariam os doentes do coronavírus sem dinheiro para a clínica particular ou o plano de saúde? Uma rede que auxilia até mesmo o Ministério da Saúde na implementação de políticas, que começam na saúde básica.

Universidades estão fechando convênios com secretarias de saúde para agilizar a promoção de testes, profissionais serão contratados para fortalecer o sistema. Tudo isso acontece para enfrentar uma pandemia. Ao mesmo tempo, continuam as campanhas de vacinação e o atendimento rotineiro. Essa é a prova da necessidade de se reforçar o SUS, não só com a garantia de recursos carimbados, como também com a exigência de gestão de qualidade.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e a equipe exibem o jaleco com o símbolo do sistema único (foto). Uma homenagem aos trabalhadores que garantem o funcionamento da megaestrutura. O presidente Jair Bolsonaro também deve acrescentar aos discursos o destaque para a saúde pública.

​Em site especial, saiba tudo sobre o novo coronavírus

O tamanho do SUS

Os números revelam a dimensão da estrutura. Do total de 426.388 leitos hospitalares existentes no país em fevereiro, 294.260 são do SUS. Na Região Sul, por exemplo, praticamente 70% dos leitos disponíveis pertencem ao sistema único.  

Continua depois da publicidade

Contra o tempo

O Ministério da Economia acertou no programa de recursos emergenciais para informais e na decisão de liberar verba do FGTS. O problema são os prazos e o excesso de burocracia. No caso dos trabalhadores chamados de invisíveis, o ideal seria um grande mutirão com as áreas sociais das prefeituras.