
Um grupo de senadores tenta desde o início do ano emplacar a CPI da Lava-Toga para investigar o Judiciário. Em fevereiro, foi protocolado requerimento para a instalação, mas, com a desistência de três parlamentares, ficou abaixo das 27 assinaturas necessárias. Um mês depois, nova tentativa foi arquivada pelo presidente Davi Alcolumbre que citou o regimento, no qual está previsto que não se deve admitir comissões sobre “matérias pertinentes às atribuições do Poder Judiciário”.
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Alcolumbre afirmou ainda que a maioria dos colegas acredita que uma CPI como esta poderia acirrar os ânimos entre os poderes e uma briga institucional não seria boa para o país. Nos últimos dias, um roteiro de intrigas se formou em torno de mais um pedido de CPI: a senadora Maria do Carmo (DEM) retirou assinatura, a Juíza Selma não cedeu à pressão e irá trocar de partido (sai do PSL e vai para o Podemos) e o filho do presidente, Flávio Bolsonaro (PSL), foi acusado de gritar com a senadora Selma quando falavam sobre a comissão. Flávio nega.
Do outro lado, o ministro do STF Gilmar Mendes afirmou ao jornal Folha de S.Paulo que se a CPI fosse instalada, não produziria resultado e “certamente, o próprio Supremo mandaria trancá-la”, pois a independência dos poderes não permite esse tipo de investigação. Senadores favoráveis à comissão, como major Olímpio (PSL) e Alvaro Dias (Pode), foram para as redes sociais reclamar do ministro que, inclusive, tem pedido de impeachment contra si parado no Senado.
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Linha direta com o ministro
Novato no Twitter, entrou um pouco antes da posse do governo Bolsonaro, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, usa a rede social não só para divulgar o trabalho da pasta. À coluna, Tarcísio contou que os comentários e sugestões dos usuários têm ajudado a chamar atenção para problemas em algumas obras e rodovias.