*Com Silvana Pires

A insana declaração do ex-secretário especial de Cultura Roberto Alvim serviu para nos mostrar que o país, por mais que esteja vivendo em um momento de polarização, não irá tolerar o extremismo. As redes sociais, palco de embates diários que, em muitos momentos, extrapolam a sanidade, se uniram na crítica ao homem que ousou usar as palavras de um dos maiores monstros nazistas para divulgar o Prêmio Nacional das Artes. 

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A resposta rápida de entidades, presidentes de poderes e parlamentares cobrando uma decisão dura do presidente Jair Bolsonaro em relação ao caso, também demonstra que todos estão atentos ao que se passa no governo federal. O tamanho da pressão fez com que Bolsonaro, ao confirmar a demissão, declarasse que a permanência de Alvim ficou “insustentável” e reafirmou apoio total e irrestrito à comunidade judaica – maior vítima do nazismo.  

A situação é tão insustentável que mesmo com o pedido de perdão, a alegação de não saber que as palavras eram de Joseph Goebbles e que assessores escreveram o texto – verdade ou não -, não serve para eximir ou dirimir Roberto Alvim desse erro grotesco.  

Que essa atitude inadmissível de um homem público e que foi reprimida de forma tão contundente, sirva de alerta para aqueles que defendem e ousam propagar ideais extremistas.  

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