Lideranças do PSB ficaram animadas com a pesquisa Datafolha e apostam que era o empurrão que faltava para confirmar Joaquim Barbosa como candidato do partido à presidência da República. Oficialmente, o partido quer uma definição em maio. Dependendo do cenário, ele aparece com 8% ou 10% das intenções de voto, um resultado positivo para quem não está em pré-campanha escancarada.  Integrantes do PSB já começaram, inclusive, a divulgar nas redes sociais um vídeo de um minuto com um resumo da biografia do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal.  Se confirmada a candidatura, Barbosa será o fato novo da eleição, o chamado outsider. Relator do Mensalão, poderá carregar a bandeira do combate à corrupção sem qualquer constrangimento. O programa de governo está definido: será o mesmo que Eduardo Campos – morto em uma acidente de avião – apresentava em 2014, com algumas adaptações. O problema de Joaquim Barbosa é o próprio PSB, que continua dividido. A turma do Nordeste prefere defender o ex-presidente Lula que, apesar de estar preso, lidera as preferências. Quando o nome de Lula é retirado da consulta, os brancos e nulos sobem, em especial nesta região. O PT afirma que manterá o nome do ex-presidente como candidato, mas há pressão interna para tentar viabilizar o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad.

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EMPURRÃO
Quem ganha com a saída de Lula da disputa eleitoral é Marina Silva (Rede). Líder da Rede na Câmara, João Derly , conta com esses números para a retomada das negociações de alianças com partidos que possam garantir o aumento de tempo de TV para Marina. A Rede tem apenas três deputados federais, o que não assegura a participação da candidata nos debates.

FIASCO
É pífio o desempenho de candidatos ligados ao governo federal na pesquisa presidencial. Os peemedebistas Michel Temer, Henrique Meirelles e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) fazem marola, viajam e falam dos resultados da economia, mas não empolgam.

CONGELOU
Ao contrário do que apostavam os tucanos catarinenses, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin não consegue decolar nas pesquisas. Mesmo longe do governo, ele patina entre 7% e 8%. Há ainda temor que Paulo Preto, o operador do PSDB, alvo da Lava-Jato, possa fechar uma delação premiada.

FRASE
“A corrupção corrói tecidos sociais, compromete a gestão pública e privada, tira recursos valiosos da educação, saúde e segurança”, disse o presidente Michel Temer, em discurso na Cúpula das Américas, no Peru. Temer é investigado por suspeitas de irregularidades na edição do decreto dos portos e pelo chamado quadrilhão do PMDB.

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