A pesquisa Datafolha revelou um dado que ajuda a explicar a polarização, o clima tenso e os ânimos acirrados da atual campanha presidencial. Quando questionados se sentem raiva ou tranquilidade quando pensam no Brasil de hoje, 68% dos entrevistados afirmaram que sentem raiva. Além disso, 79% estão tristes e 88% inseguros.
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Depois de uma enxurrada de casos de corrupção, crise econômica, desemprego e um processo de impeachment que resultou no fracassado governo Temer, o eleitor está cansado e buscando uma virada. Jair Bolsonaro (PSL) capta esse sentimento e se apresenta como aquele que é “contra tudo que está aí”. Sem detalhar programa de governo e com discurso conservador, conseguiu chamar a atenção desse eleitor irritado, além de mobilizar o antipetismo. Fernando Haddad (PT) representa um partido mergulhado em escândalos, mas promete a volta ao tempo do crescimento e dos programas sociais a pleno do governo Lula. Não é à toa que o Nordeste continua sendo reduto eleitoral do PT.
Mas Haddad não é Lula – que está preso – e as pesquisas até aqui indicam que há um limite na transferência de votos. Para resumir a situação, o Datafolha ainda concluiu que o eleitor está com mais medo do que esperança.
Transição
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Ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, já começou a liderar os preparativos para o processo de transição para o próximo presidente da República. Um material completo sobre a situação de todos os ministérios está sendo concluído, o chamado Livro da Transição, que ficará à disposição para consulta também da sociedade. O presidente eleito poderá indicar 50 pessoas que passarão a trabalhar no prédio do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).
Estratégia
Uma das estratégias do PT catarinense na tentativa de atrair votos a Fernando Haddad na reta final das eleições é destacar os ações dele como ministro da Educação. Será citada, por exemplo, a criação da Universidade Federal da Fronteira do Sul e a expansão dos institutos federais na gestão do petista.
Partidário
Questionado pela coluna, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB) nega que esteja trabalhando a favor da campanha de Jair Bolsonaro:
– Mesmo discordando da estratégia de campanha do Meirelles, ele continua a ser o meu candidato.
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Em trânsito
No domingo, a candidata a vice Manuela D’Ávila (PCdoB) optou por ficar a maior parte do dia ao lado do colega de chapa Fernando Haddad (PT). Manuela vota assim que as seções abrirem, em Porto Alegre, e depois embarca para São Paulo, onde acompanha a apuração.
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