Para o presidente Jair Bolsonaro, mais vale movimentar as redes sociais do que construir pontes políticas. Só essa lógica explica o falso desafio lançado aos governadores sobre a retirada da carga tributária sobre os combustíveis.
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Bolsonaro disse que se os Estados zerarem o ICMS, ele elimina os impostos federais. Mas quem não sabe que a maioria dos Estados está em crise e não pode abrir mão de receita? E quem disse que o ministro da Economia, Paulo Guedes, está disposto a reduzir arrecadação?
Bolsonaro foi avisado pelos ministros mais políticos que essa tese só provoca a irritação dos governadores. Quem tem como objetivo a reforma tributária e o pacto federativo, precisa do apoio dos Estados. Mas a militância bolsonarista vibrou: é o mito lacrando.
À coluna, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, afirmou que todos governadores têm interesse em resolver o problema do combustível.
— O mais recomendável seria uma reunião com todos, e não tratativas por redes sociais ou imprensa.
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O cerco se fecha
O pedido de impeachment contra o ministro da Educação é liderado pelos partidos de oposição, mas Abraham Weintraub acumula inimizades até mesmo entre parlamentares aliados do Planalto.
A maior reclamação entre deputados que apoiam o governo é de que o ministro faz barulho demais para trabalho de menos. O desgaste é tanto que, hoje, o Weintraub está inviabilizado no Congresso.
Liderado pela deputada Tabata Amaral (PDT-SP), o grupo vai recolher assinaturas na internet para um abaixo-assinado a favor do pedido de afastamento de Weintraub.