Essa é a expressão mais ouvida na Câmara sobre a comissão especial que vai analisar a reforma da Previdência. Ali será o palco das negociações de mérito, das pressões das corporações, do lobby, das calibragens. Por isso, fez bem a articulação política do governo ao entregar a presidência da comissão para um deputado do PR e a relatoria para o PSDB.
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Sob orientação do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o centrão é levado para o comando dos trabalhos. Mas isso também significa que o Planalto terá que ceder. O presidente da comissão, deputado Marcelo Ramos (MA), já chegou dizendo que não pretende prejudicar aqueles que mais precisam. Se a CCJ foi difícil para o presidente Jair Bolsonaro, essa segunda fase servirá de teste de fogo. E agora já não dá mais para alegar inexperiência com o jogo político.
Comissão
Santa Catarina terá dois representantes na Comissão Especial da Previdência. Os deputados Daniel Freitas (PSL) e Darci de Matos (PSD) são favoráveis à reforma, mas com algumas alterações como na aposentadoria rural. Freitas pretende sugerir mudanças também na aposentadoria de mineiros, enquanto que Darci não concorda com as modificações previstas para o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Deu na telha
A ideia do presidente Bolsonaro de almoçar no bandejão do Planalto pegou de surpresa alguns assessores, que ficaram sabendo quando ele já estava no local.
— Ele decidiu descer, e foi. – Comentou com a coluna um interlocutor do Palácio.
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A iniciativa ocorreu um dia depois de mais uma pesquisa que mostra baixa popularidade do presidente e do mal-estar com o vice, Hamilton Mourão, que nunca teve medo de exposição.
Climão
Quem tem conversado com Bolsonaro e Hamilton Mourão conta que o clima entre os dois não poderia estar mais pesado. O presidente reclama que Mourão dá declarações que discordam do que ele pensa e o general está irritado com ataques nas redes sociais.
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Pacotinho
O ministro Paulo Guedes (Economia) está preparando medidas de incentivo ao emprego para a semana do 1º de Maio. Senadores que conversaram com o ministro nesta quinta-feira (25), ouviram a expressão "pacotinho para o trabalhador". Há cobrança do próprio Congresso, de que a reforma da Previdência não pode ser pauta única.
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