O ministro da Economia, Paulo Guedes, colocou a cabeça do secretário da Receita na bandeja para acalmar os ânimos do Palácio do Planalto e do Congresso com a insistência na criação de uma nova CPMF. Marcos Cintra não fez nada sozinho. O próprio Guedes vinha defendendo a ideia como forma de medir a receptividade da proposta. Mas ousou ao deixar explícita a simpatia pelo imposto sobre a movimentação financeira, afinal, uma maneira rápida, fácil e simples de aumentar a arrecadação.
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Antes mesmo da proposta se concretizar, o presidente já estava sendo acusado de estelionato eleitoral nas redes sociais. E, desta vez, nem os apoiadores mais apaixonados saíram em sua defesa. Sem habilidade política, Guedes e seu grupo ficaram sem apoio ou discurso. Cintra já estava na corda bamba por ter defendido imposto para igrejas.
Bolsonaro também reclamou que a Receita promoveu uma devassa nas contas deles e de familiares. Com a guilhotina em Cintra, Guedes tenta matar a polêmica da nova CPMF. O próprio Bolsonaro sacramentou o enterro em mensagem nas redes sociais.
Nem pensar
Antes mesmo da queda do secretário da Receita, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, já avisava:
— Nova CPMF nem pensar.
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Ele estava sendo cobrado nas redes sociais por ser contrário à contribuição quando estava à frente do mandato na Câmara.