As duas últimas semanas do ano para o governo Temer serão de balanço entre os principais ministérios em busca da tal pauta positiva. Depois de adiar a reforma da Previdência _ o que foi uma derrota _ o presidente da República mobiliza os seus marqueteiros para badalar um inventário de conquistas. Na lista da equipe econômica estão o teto de gastos, a reforma trabalhista, a queda da taxa Selic e o controle da inflação. Não é pouca coisa para um governo impopular. Na maioria das empreitadas, Temer contou com a fidelidade de sua base de apoio no Congresso. Os indicadores da economia acenam com tempos melhores. Complicado é convencer a população dos efeitos positivos dessas ações ou da efetividade dos números. Na vida real, a gasolina e o gás aumentaram, o desemprego continua com taxas elevadas e quem vai às compras não encontra preços menores. A sensação de falência dos serviços públicos fica ainda mais evidente com a falta de investimento em saúde, educação e infraestrutura. Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, ao falar de um candidato à presidência do Centrão, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que esse presidenciável não precisa ter o nome de Michel Temer tatuado na testa, basta defender a agenda liberal das reformas.

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Então é Natal

O calendário da semana, com sessões de hoje até quarta-feira, está mantido pelo presidente da Câmara. O desafio é garantir quórum. Na pauta, projetos como o que disciplina a atividade de lobistas e o que cria o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito.

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Presente

O deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG) será o presidente da comissão especial que vai analisar a PEC do Foro Privilegiado. Pacheco é presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e está com um pé no Democratas.

Punição

Disposto a defender a reforma da Previdência, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou que os tucanos que se posicionarem contra a proposta serão punidos. Como presidente nacional do partido, ele quer colocar ordem na casa. Mas como ficará a situação de parlamentares como a deputada catarinense, Geovania de Sá, que já avisou que vai votar contra?

Frase

“A delegada responsável pela prisão do reitor de Santa Catarina foi cogitada para comandar a superintendência da PF em Sergipe, mas a nomeação está suspensa até a conclusão da sindicância”, do diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, em entrevista à Revista Veja.