A frase é do vice-presidente Hamilton Mourão e ele tem toda razão. A reportagem que mostrou um porteiro dizendo que o miliciano que assassinou Marielle pediu para ir à casa de Jair Bolsonaro em um condomínio no Rio de Janeiro – no fim ele foi na residência de outra pessoa – está longe de ter potencial para derrubar um presidente da República. Pelo contrário.
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A Procuradoria-Geral da República afirma que o STF engavetou o caso. Mas perturba porque existem zonas de sombra que precisam ser esclarecidas na história dos Bolsonaro e a milícia do Rio. A reação do presidente à reportagem foi desproporcional e, como antídoto, aliados dele colocaram na rua mais uma narrativa de perseguição. O resultado é que o ano chega ao fim como começou: com a política miseravelmente polarizada.
“O que é trair Bolsonaro?”
Presidente do PSL no Estado, Fabio Schiochet está no olho do furacão da disputa dentro do partido do presidente da República. A favor da conciliação, adota o discurso do diálogo. A seguir, os principais trechos da conversa com a coluna:
O racha do PSL na Câmara tem solução?
Houve um desentendimento. Nosso partido votou 98% com o governo. O que estava errado com o líder? Mas respeito o Eduardo (Bolsonaro), vai ser um excelente líder, fez uma coisa que surpreendeu: não retaliou ninguém da outra lista (que pedia a permanência do delegado Waldir). No Estado, as coisas foram um pouco mais radicais. Houve aquele negócio de traidor de quem não assinou a lista do Eduardo. Mas o que é trair Bolsonaro?
E a relação do partido com o governador?
Quando tu pegas dois deputados estaduais dizendo que o governador não está ao lado de Bolsonaro é por quê? Porque ele botou um homossexual no Procon (Tiago Mussi)? Aí sim que te digo que é uma homofobia. Bolsonaro não é homofóbico. O governador taxar um agrotóxico é anti-Bolsonaro? Está tendo um radicalismo. Temos um governador independente e que vem fazendo um excelente trabalho.
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