Prefeitos e empresários chegaram a um momento crucial da crise do coronavírus. Ou escutam terraplanistas, negacionistas, divulgadores de fake news e charlatões – que sempre dizem o que os incautos querem ouvir –, ou prestam atenção às palavras do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, quando respondeu sobre os cenários para a doença:
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– Vai depender de como vai ser o comportamento da sociedade brasileira frente a isso.
Isolamento social e todas as atenções voltadas para a preparação do sistema público de saúde. Essas são as orientações de uma equipe técnica que vem se dedicando a estudar o que acontece no mundo e na realidade do Brasil.
O objetivo é minimizar os efeitos de uma pandemia que atinge o mundo inteiro e que tem, sim, efeitos diretos na economia. Aliás, as consequências já estão colocadas. Nada mais será como antes, tanto na economia, quanto na política.
Não adianta ouvir deputados que vão para as redes sociais prometer lugar no céu, dizendo que quando as atividades voltarem ao normal, tudo será como em janeiro. O mundo mudou. O Brasil também. E, como alertou o ministro da Saúde, o cenário do coronavírus daqui por diante vai depender das escolhas das pessoas.
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O Ministério da Economia terá que fazer o maior programa de transferência de renda da história, os bancos terão que participar da recomposição do Brasil e aqueles empresários que não se importam com o número de mortos em uma pandemia, terão que mudar o conceito. Em Brasília, as estruturas já estão aprendendo a funcionar com menos burocracia para que a injeção de recursos na economia possa mitigar os danos.
Quem desmereceu a ciência e exaltou a ignorância terá que se repaginar. Governadores e prefeitos que resistem à pressão e olham para a saúde da população são um embrião do que se transformará na real nova política.