Enquanto as atenções estão voltadas para as reformas da Previdência, tributária e as confusões do governo Bolsonaro, o Congresso vota mudanças no uso do fundo partidário que são um deboche. Integrantes do Ministério Público Eleitoral identificam no mínimo três problemas graves: afrouxamento das regras de transparência na prestação de contas, enfraquecimento da ação que coíbe gastos ilícitos eleitorais, pois permite que somente se apresentem contas de campanha quando já transcorrido o prazo da ação, e afastamento da obrigatoriedade do uso do sistema de prestação de contas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O total do fundo que irriga os partidos poderá chegar a R$ 959 milhões.

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De acordo com o projeto já aprovado pela Câmara, essa verba poderá servir de base até mesmo para pagar a defesa de dirigentes partidários envolvidos com a Justiça. Há partidos demais no país, muitos deles criados como legendas de aluguel. Uma situação que não contribui para a democracia e ainda drena recursos do orçamento. A tal na nova política ficou só na conversa.

Em campanha

O subprocurador Augusto Aras aproveita café da manhã com a Frente Parlamentar da Agropecuária, quarta-feira, em Brasília, para fazer campanha. Indicado para comandar a Procuradoria-Geral da República, ele precisa ser aprovado pelo Senado.

Na moral

Líder da bancada da bala, Capitão Augusto (PL-SP) se reúne hoje com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para tentar barrar a CPI da Lava-Jato, que quer investigar Sergio Moro. À coluna, o Capitão argumenta que “moralmente” a comissão não pode existir, porque nove deputados querem retirar a assinatura. O deputado afirma ainda que isso já ocorreu no passado. De acordo com o regimento da Câmara, não é possível retirar assinaturas após o requerimento ser protocolado na Mesa Diretora da Casa.

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