Até mesmo aliados do governo Bolsonaro estão desconfortáveis com a manobra do Ministério da Economia, que transformou a MP do programa Verde e Amarelo em um cavalo de Troia. Junto com a proposta de geração de novas vagas, há praticamente uma segunda reforma trabalhista. As Centrais sindicais já começaram a se mobilizar.
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No evento no Palácio do Planalto, o secretário da Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, destacou só o que considera a pauta positiva: o objetivo de gerar emprego para o público jovem, mediante incentivo fiscal às empresas. A fórmula é velha, mas a fonte de financiamento foi criativa, a tributação do seguro-desemprego. Nada pode ser mais contraditório do que fazer o desemprego financiar o emprego.
Senadores identificaram o vespeiro e avisaram que vão mudar o texto, buscando recursos, por exemplo, no bolo do sistema S. A MP tem 120 dias para ser analisada e deverá ser desfigurada pelo parlamento. A medida será votada às vésperas das eleições municipais, junto com outros itens polêmicos do pacote econômico.
No palco dos Brics
Discreto desde que veio à tona o caso das rachadinhas do Rio, o senador Flávio Bolsonaro (PSL) saiu da toca nesta semana e foi visto em solenidades oficiais ao lado do pai. Cotado para ser o presidente do partido a ser formado por Jair Bolsonaro, o Aliança pelo Brasil, Flávio foi figura constante na programação do primeiro dia de encontro dos Brics.
Suplente na Comissão de Relações Exteriores, ele era o único senador na mesa de autoridades no almoço em homenagem ao presidente da China, Xi Jinping.
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