Depois de passar semanas fritando o ministro da Justiça, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) fez questão de fazer um gesto público em apoio a Sergio Moro. Na cerimônia de lançamento do programa de segurança, nesta quinta-feira (29), no Palácio do Planalto, o presidente desceu a rampa interna ao lado do ministro e escancarou:
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— Vou descer de mãos dadas com o Moro.
No meio do caminho, o Bolsonaro abraçou o ministro e parou para fotos. O apoio a Moro também veio dos colegas de ministérios, 11 compareceram, além da Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, governadores, prefeitos e parlamentares. Bolsonaro sabe que não pode demitir Moro. O ex-juiz da Lava-Jato tem alta popularidade junto ao público do presidente.
Moro, no entanto, vem sendo desprestigiado com a redução de orçamento e ameaças de interferência na Polícia Federal.
O presidente quer ter controle sobre as investigações envolvendo o filho Flávio Bolsonaro e não gostaria de ter um Moro fortalecido na disputa presidencial de 2022. Quem conhece as senhas do Planalto, sabe que a cena desta quinta-feira (29) serve para manter as aparências.
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Nova agenda
A ida para Santa Catarina do ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, passou para 14 de setembro. De acordo com o coordenador da bancada, deputado Peninha, Canuto irá sobrevoar três barragens do Alto Vale do Itajaí e inaugurar uma ponte, em Ibirama.
Confusão
A aprovação da Proposta de Emenda à Constituição que torna públicas as operações do BNDES causaram confusão entre catarinenses na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Contrário à PEC por avaliar que expõe transações privadas, o deputado Pedro Uczai (PT) acusou o presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR), de proclamar o resultado errado da votação.
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Confusão (2)
A votação foi simbólica, quando os parlamentares levantam o braço – sem registro no painel eletrônico. De acordo com Pedro Uczai o resultado não condiz com a realidade:
— Até gente da situação admite que a oposição foi maioria. Se a decisão não for revertida, vamos apresentar recurso ao Plenário.
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De outro lado, os catarinenses Caroline De Toni (PSL) e Darci de Matos (PSD) afirmaram que Francischini foi imparcial. Uma nova reunião foi convocada para a próxima terça-feira.