No lançamento da pré-candidatura de Rodrigo Maia (DEM-RJ) à Presidência da República, durante a convenção nacional do DEM, o nome de Michel Temer ficou de lado. Apesar de toda a ligação com o governo, Maia quer se descolar do Palácio do Planalto na tentativa de consolidar a campanha. Essa é a prova de que o apoio de Temer ainda é considerado tóxico. A baixíssima popularidade e as investigações envolvendo casos de corrupção fazem do peemedebista um péssimo cabo eleitoral. Pelo jeito, o PMDB terá mesmo que encontrar um candidato se quiser que alguém defenda o chamado legado. O escolhido poderá ser o ministro Henrique Meirelles (Fazenda), que já foi convidado a ingressar no PMDB. Enquanto isso, Maia tentará viabilizar as alianças e se tornar mais conhecido para viabilizar a candidatura. Se não der certo – o que é bem possível – ele aproveita a badalação para apostar na reeleição a deputado federal, mas sempre mantendo uma distância regulamentar do Planalto.

Continua depois da publicidade

Robusto

Na convenção, lideranças do DEM comemoravam a retomada do partido em Santa Catarina. Nas rodinhas de conversa, o assunto era quem estaria deixando o PSD para ingressar no partido de Rodrigo Maia.

Orgia

De nada adiantou tanta a discussão sobre reforma política. Com a janela partidária, deputados negociam a mudança de sigla em troca de vantagens. Para a legenda, quanto maior a bancada, maior o repasse dos fundos de campanha.

Continua depois da publicidade

Validade

Representantes do PP, do PR e do Solidariedade circularam pela convenção jurando amor a Maia. O presidente do PP, Ciro Nogueira (PI), tem dito a deputados e senadores que o apoio ao DEM vai até maio. Se o presidente da Câmara não decolar, o PP embarca na campanha de Alckmin. Já o PR promete uma vela para cada santo e ainda ameaça com candidatura própria.

Frase

“Assumo o desafio de construir um pacto para rompermos com o que há de velho e atrasado na política brasileira”

Rodrigo Maia, ao discursar como pré-candidato à Presidência, cercado de nomes bem conhecidos da velha política como Romero Jucá (PMDB-RR) e Paulinho da Força (SD).

Leia outras publicações de Carolina Bahia