Foi muito mais uma jogada política do que jurídica, orquestrada por deputados do partido que precisam manter viva a chama da militância

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Quem conhece o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) sabe muito bem que a manobra armada pelo PT para tentar soltar o ex-presidente Lula não poderia dar certo. É óbvio que haveria uma rápida reação. Primeiro o relator Gebran Neto discordou da concessão do habeas. Depois, foi a vez do presidente da Corte, Thompson Flores, determinar que o petista siga preso. Foi, portanto, muito mais uma jogada política do que jurídica, orquestrada por deputados do partido que precisam manter viva a chama da militância. É bem possível que nem mesmo os autores do pedido acreditassem no sucesso, mas identificaram uma maneira de tentar incendiar esse início de campanha. 

Afinal, é cada vez mais difícil para os petistas manter a mobilização em torno de uma liderança que está atrás das grades. O acampamento em Curitiba já esfriou e dentro do próprio partido é grande a pressão para que apareça um plano B à Presidência da República. Condenado em segunda instância, Lula deve ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa pela Justiça Eleitoral. Mas ele é o que resta ao PT. Deputados transformaram a defesa de Lula nas redes sociais em estratégia de campanha. 

Como se não bastasse essa presepada da bancada petista, ainda houve um ensaio de crise institucional. Juristas experientes criticaram o juiz Sergio Moro, que se negou a cumprir a decisão do desembargador de plantão. Uma confusão atrás da outra.


Foro Íntimo

Assim como o ministro do STF Dias Toffoli deveria ter se julgado impedido ao analisar o processo do ex-ministro José Dirceu, também o juiz federal Rogerio Favreto poderia ter passado o caso de Lula adiante. Os dois já trabalharam diretamente com o PT.

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