Depois da derrota no Superior Tribunal de Justiça (STJ) só resta ao PT e ao ex-presidente Lula apostarem todas as fichas em um novo entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre prisão após condenação em segunda instância. A possibilidade de uma mudança, no entanto, é cada vez mais distante. A ironia do destino é que os petistas estão abraçados no ministro Gilmar Mendes, que, em ocasiões passadas, defendeu que sejam esgotadas as possibilidades de recursos antes da prisão. Se dependesse só da presidente Cármen Lúcia, o tema nem seria mais discutido. Quando o assunto foi analisado pelo Supremo em 2009 e 2016, o que estava em debate era o combate à impunidade. Criminosos conseguiam adiar por anos a execução da pena graças a advogados badalados que abusam de recursos e mais recursos nos tribunais superiores. Um caso emblemático é o do ex-senador Luiz Estevão, preso uma década depois da condenação. Para salvar Lula da prisão, o PT prega o retrocesso na batalha contra a corrupção.

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Operando

Mesmo preso, o deputado João Rodrigues (PSD) continua a fazer política. A assessoria do deputado monitora e divulga as emendas liberadas para os municípios do Estado. Uma das mensagens dizia que Braço do Norte recebeu R$ 850 mil para investimento no Fundo Municipal de Saúde.

Na Papuda

O deputado João Rodrigues foi transferido de Porto Alegre para Brasília na manhã de ontem e agora integra a bancada da Papuda. Enquanto isso, na Câmara, o Conselho de Ética deve escolher ainda nesta semana os relatores dos processos de cassação de mandato.

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Demorou

Ao lado de outros parlamentares progressistas, o ex-deputado João Pizzolatti virou réu na Lava-Jato. Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) já estavam constrangidos com a demora na decisão sobre o chamado Quadrilhão do PP.

Morreu

Frágil desde o nascimento, a candidatura de Michel Temer à Presidência da República morreu na casca. O golpe de misericórdia foi a decisão do ministro do STF Luís Roberto Barroso de autorizar a quebra do sigilo do peemedebista.

Frase

“Em que pese ser um fato anômalo, ele está compreendido neste quadro político atual que, quando o governo tem um fato que é altamente positivo, sempre acaba aparecendo um negativo”

Eliseu Padilha, ministro da Casa Civil, reclamando da quebra de sigilo bancário do presidente Temer.

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