O presidente Jair Bolsonaro precisa aproveitar os últimos meses da tradicional lua de mel dos recém-eleitos para recuperar o tempo perdido. Pesquisa Datafolha revela que 30% dos entrevistados consideram o governo ruim ou péssimo, mas há esperança: 59% acreditam que o presidente terá desempenho ótimo ou bom daqui para frente.
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Questionado, ele rechaça os resultados da pesquisa. Mas não há como negar que o Ministério da Educação (MEC) está uma bagunça, as bobagens nas redes sociais tomaram conta deste início de ano e que as relações com o Congresso agora é que começaram a tomar forma.
Disposto a corrigir as falhas na articulação política, o presidente deve intensificar o contato com os líderes dos partidos em nome da reforma da Previdência. Já a equipe de Paulo Guedes (Economia) promete medidas na tentativa de animar a economia, antes que o desânimo se espalhe.
No Planalto, há quem alegue que esses cem dias foram de adaptação. Com ou sem pesquisa, os conselheiros de Bolsonaro sabem o que precisa entrar nos eixos. Agora, é com o presidente.
SOS Educação
Uma das pautas mais importantes da Marcha dos Prefeitos é o futuro do Fundeb, que vence em 2020. O presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Glademir Aroldi, disse à coluna que está pronta uma proposta de ajuste do fundo que financia a educação básica, com maior participação da União. Paralisado, o Ministério da Educação ainda não se manifestou.
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Tropa de choque
A primeira-dama, Michele Bolsonaro, deve participar do encontro das Mulheres Municipalistas, que ocorre dentro da programação da Marcha dos Prefeitos. O presidente Bolsonaro também já convocou todos os ministros para o acompanharem na abertura, amanhã pela manhã.
Previdência
O deputado Pedro Uczai (PT) já se prepara para integrar a Comissão Especial da reforma da Previdência. À coluna, ele reconheceu que o governo tem maioria na Comissão de Constituição e Justiça para aprovar o relatório, mas afirma que a oposição está reforçando o discurso para a próxima etapa.
Crédito
A lei que cria um novo mecanismo de financiamento para micros e pequenos empreendedores deve ser sancionada sem vetos pela presidência da República. De acordo com o senador Jorginho Mello (PR-SC), há um acordo com os técnicos da equipe econômica para que a proposta aprovada pelo Congresso comece a valer o quanto antes.