
As declarações de Rodrigo Janot sacudiram Brasília nos últimos dias. O ato tresloucado de ir armado ao STF para assassinar o ministro Gilmar Mendes foi demais até para os padrões da capital federal. A coluna teve acesso ao livro escrito pelo ex-procurador-geral da República, que será lançado nos próximos dias. Redigido em primeira pessoa, Janot conta os bastidores da Lava-Jato – em seu momento de maior efervescência.
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Estão ali a decisão de pedir a prisão do primeiro senador em exercício do mandato (Delcidio do Amaral), as dificuldades em chegar a nomes poderosos do MDB (José Sarney, Romero Jucá e Renan Calheiros), o “envelope envenenado” como descreve o documento entregue aos políticos arrolados na famosa Lista de Janot, informando que eram investigados e o episódio da conversa entre o então presidente Michel Temer e o empresário Joesley Batista. Quando mostrou a gravação ao relator da Lava-Jato Edson Fachin, Janot conta que escutou:
“É inacreditável! Com essa confusão toda que está acontecendo, esse povo não para. É muita ousadia.”
Os atritos com os procuradores de Curitiba, que ameaçaram demissão coletiva, também estão na obra, que é menos polêmica do que a entrevista à Veja. A ideia de matar Gilmar, por exemplo, é contada em um parágrafo e sem revelar o nome do ministro. Janot afirmou que “não quis dar dramaticidade a esse fato no livro”. Pelo visto, preferiu deixar o drama para as manchetes nacionais.
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Vice-líder do governo
A deputada catarinense Caroline De Toni é uma das vice-líderes do governo na Câmara. O anúncio foi feito pelo líder do governo, Major Vítor Hugo, no sábado. Pelo Twitter, o parlamentar confirmou que os nomes foram aprovados por Bolsonaro.
Nova política
A derrubada de vetos presidenciais e a dificuldade em garantir votos necessários no Senado para aprovação de Eduardo Bolsonaro à embaixada dos EUA alertaram o Planalto. Responsável pela articulação política, o general Luiz Eduardo Ramos quer saber, afinal de contas, quem é ou não governo. Quem não garantir fidelidade, vai perder cargos e preferência na liberação de emendas.
Baleia Franca
O ICMBio se comprometeu a dar uma resposta até o final de outubro sobre a possibilidade de suspender a portaria do Plano de Manejo da Baleia Franca até que se chegue a um acordo sobre o assunto. A informação foi dada ao senador Esperidião Amin (PP-SC) que ressalta que a medida, por exemplo, afeta 65% do território de Laguna, passando inclusive por cima do plano diretor do município. Nove cidades do Sul de Santa Catarina foram afetadas pela portaria que ordena questões como o uso de recursos naturais, turísticos, ocupação e utilização do solo e das águas, além da proteção a baleia franca. Amin solicitou audiência com o Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, para tratar do assunto.
Parceria internacional na educação
Em Londres, onde palestrou sobre o Criança Feliz, o ministro da Cidadania, Osmar Terra, recebeu proposta de parceria para os programas de educação na primeira infância e de atenção às crianças com deficiência. A ideia é contar com o apoio da Fundação Varkey para o aperfeiçoamento de professores e no compartilhamento de tecnologias para ajudar a ampliar a qualidade do aprendizado.
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