O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski determinou que a entrevista que será concedida pelo ex-presidente Lula nesta sexta-feira (26) seja exclusiva para os jornalistas Mônica Bergamo e Florestan Fernandes Júnior, conforme decisão anterior da Corte:
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"A decisão da Corte restringe-se exclusivamente aos profissionais da imprensa supra mencionados, vedada a participação de quaisquer outras pessoas, salvo as equipes técnicas destes, sempre mediante a anuência do custodiado."
A Polícia Federal chegou a divulgar a informação de que outros jornalistas interessados em acompanhar a entrevista poderiam se inscrever. O anúncio foi feito a partir da decisão do superintendente da Polícia Federal do Paraná, delegado Luciano Flores de Lima, que autorizou que profissionais de outros veículos participassem da entrevista com Lula.
No despacho, o ministro errou o nome de Lula, chamando-o de José Inácio, e não Luiz Inácio. Lewandowski ressalta que a liberdade de imprensa deve ser ampla, mas casada com o acordado com o entrevistado:
"A liberdade de imprensa, apesar de ampla, deve ser conjugado com o direito fundamental de expressão, que tem caráter personalíssimo, cujo exercício se dá apenas nas condições e na extensão desejadas por seu detentor, no caso, do ex-Presidente José (sic) Inácio Lula da Silva, ao qual não se pode impor a presença de outros jornalistas ou de terceiros, na entrevista que o Supremo franqueou aos jornalistas Florestan Fernandes e Mônica Bergamo, sem a expressa autorização do custodiado e em franca extrapolação dos limites da autorização judicial em questão."
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